terça-feira, 25 de janeiro de 2011

José Alencar homenageado na Prefeitura de São Paulo


O ex-vice-presidente da República José Alencar recebeu na tarde desta terça-feira (25) a medalha 25 de Janeiro, homenagem que integra as comemorações do aniversário de São Paulo. Em discurso improvisado, Alencar afirmou que, se morresse hoje, estaria feliz. Para participar da cerimônia, Alencar precisou de autorização dos médicos que acompanham seu estado de saúde. Seguido por uma ambulância, ele deixou o hospital Sírio-Libanês por volta das 11h30 especialmente para receber a homenagem, mas deve ser internado novamente ainda hoje. Ao falar do câncer contra o qual luta há mais de dez anos, disse que seria um "privilégio" morrer agora, depois de tudo que já passou.
- Se eu morrer agora é um privilégio para mim, que a situação está tão boa, que não tem como melhorá-la. 



A honraria foi entregue pela presidente Dilma. A presidente Dilma Rousseff elogiou a força do ex-vice-presidente e disse que ele é um exemplo de superação. Sobre sua atuação política, afirmou que Alencar “foi um grande vice-presidente, ao lado de um grande presidente, que foi o Lula”.

Participaram da homenagem a presidente Dilma Rousseff, o vice-presidente Michel Temer, o ex-presidente Lula, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o cardeal arcebispo de São Paulo, dom Odilo Scherer.

Alencar e Lula em evento na sede da Prefeitura
de São Paulo (Foto: Ayrton Vignola / Ag. Estado)



A homenagem foi instituída pelo decreto municipal nº 51.094 de 10 de dezembro de 2009. O texto estabelece que a medalha é concedida para quem mostra “mérito pessoal, bons serviços prestados à cidade ou serviços dignos de especial destaque, valor desportivo ou cultural”. A medalha 25 de Janeiro mede 70 mm de diâmetro e é estampada com o brasão da cidade cincundado pela inscrição: Município de São Paulo - Medalha 25 de Janeiro. O colar tem 15 reproduções da medalha, em 15 mm, banhadas a ouro 18 quilates.

Em seu discurso, Alencar pediu mais de uma vez desculpas para a plateia, formada por políticos, assessores e secretários, pelo fato de discursar sentado em uma cadeira de rodas. Ele arrancou risos ao brincar sobre seu discurso. “O Lula me lembrou agora: o discurso tem de ser como vestido de mulher. Nem tão curto que nos escandalize nem tão longo que nos entristeça.”

Apesar de presentes à cerimônia, Lula, Temer e dom Odilo Scherer não discursaram.


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