quinta-feira, 28 de julho de 2011

Como lidar com a depressão pós-parto?

O que leva à depressão pós-parto? Como identificar e qual o tratamento?

Caro leitor,

Estudos indicam que 10% a 15% das mães são afetadas pela depressão pós-parto (DPP), classificada, de acordo com o DSM-IV-TR, como transtorno maior depressivo. Seus sintomas não são tão diferentes de uma depressão em geral. Seu especificador é o período em que ela acontece, ou seja, durante o pós-parto. No geral, acontece entre a quarta e a oitava semana, mas nunca depois do primeiro ano de vida da criança.

Entre os sintomas encontram-se irritabilidade, choro frequente, sentimentos de desespero, falta de energia e motivação, desinteresse sexual, alterações alimentares e no sono, queixas como cefaleias, dor abdominal (sem aparente causa orgânica). A mãe também pode apresentar-se retraída, constantemente isolando-se, com discurso de fracasso, decepções e desilusões. Sua interação com o bebê é pouca, e ela pode se sentir sem vida pessoal, apenas a serviço da criança.

Não se sabe ao certo o que leva à DPP, mas algumas situações são consideradas, como: prematuridade no nascimento; problemas de saúde do bebê; gravidez não planejada ou desejada; fatores socioculturais, como morte de parentes; problemas pessoais ou profissionais; modificações hormonais; história prévia de doença psiquiátrica ou problema psicológico da mãe, que também podem aumentar a probabilidade da ocorrência de DPP.

Uma curiosidade: Você sabia que o pai também pode apresentar DPP? Embora em menor ocorrência e intensidade, essa situação tem origem em sentimentos de exclusão diante do novo laço entre sua esposa e o bebê. Isso pode levar o homem a buscar escape para as suas ansiedades no excesso de trabalho e em somatizações físicas.

Lembre-se: não é porque algumas dessas situações ocorreram com você que automaticamente você terá ou tem DPP. A causa da DPP é multifatorial, e seu diagnóstico cabe a profissionais capacitados. É de extrema importância que a doença seja identificada no início, pois, dessa forma, podem-se minimizar os efeitos negativos sobre a relação de mãe e bebê e sobre o desenvolvimento infantil. Sendo assim, deve-se ficar atento a qualquer alteração no comportamento da mulher, esposa e agora mãe.

Em caso de dúvidas ou preocupações, procure ajuda de profissionais o mais rápido possível. Siga suas orientações quanto ao tratamento, que em geral é farmacológico e/ou terapêutico. Nessas horas, é importante também ter um apoio religioso; contudo, não deixe de procurar ajuda especializada. Deus nos dá a força, e nós devemos fazer a nossa parte.

Um grande abraço!

(Jessica S. Silva é psicóloga)

Fonte: Educação Adventista

Um comentário:

  1. Jeovane, primeiramente obg por visitar o meu, gostei muito do seu blog,da organização dos temas abordados. Obg por ter me enviado o seu blog com certeza indicarei p/ muitos amigos pois grandioso é o fruto q se pode tirar dele fik com DEUS e um Grande Abraço.

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