O medo possui imenso arsenal. Não há ninguém que fique fora do alcance de suas várias armas: medo de perder o emprego, de emprego novo, do desconhecido, de perder a saúde, de ser diferente, de intimidade, de rejeição, de fracasso, etc.
O apóstolo diz: “O amor que é totalmente verdadeiro afasta o medo.” O medo e o amor são mutuamente excludentes, não convivem no mesmo ambiente. O medo é controlador, nos paralisa. Se estamos com medo, ficamos “envelopados”, fechados, encaracolados dentro de nós mesmos. O amor, por outro lado, nos leva à aproximação. Quando crescemos em amor, diminuímos em temor.
Quando você tem certeza de ser amado por outra pessoa, tem a tranquilidade de que não precisa mudar ou ser bom para ser aceito.
Charles Swindoll conta a história de David Ireland, que escreveu um livro intitulado Cartas Para Uma Criança que Ainda Não Nasceu. Ireland escreveu uma carta para a criança que ainda se encontrava no ventre da esposa, pouco antes de sua morte ocasionada por uma enfermidade neurológica. A respeito da esposa, Ireland se expressou assim: “Sua mãe é uma pessoa incrível. Poucos homens sabem o que é receber um muito obrigado por levar a esposa para jantar fora, quando isso implica em tudo o que acontece em nosso caso. Significa que ela tem que me vestir, me barbear, escovar meus dentes e pentear meu cabelo. Tem que me levar na cadeira de rodas para fora de casa e descer a escada, abrir a garagem, abrir o carro, dar a volta, virar-me para que eu me sinta confortável, dobrar a cadeira de rodas, colocá-la no carro, entrar no carro, dar partida, tirar o carro da garagem e seguir para o restaurante. Então começa tudo de novo: ela sai do carro, abre a cadeira e a porta, vira meu corpo, põe-me em pé, faz-me sentar na cadeira, puxa os pedais da cadeira para que eu me sinta confortável. Nós nos sentamos para jantar e ela me coloca comida na boca durante toda a refeição. Quando terminamos, ela paga a conta e empurra a cadeira de volta para o carro, e começa tudo de novo, só que ao contrário. Depois que tudo acaba ela diz com sincera cordialidade: ‘Querido, obrigada por me levar para jantar’ e eu simplesmente não sei o que dizer” (Amigos de Verdade, p. 96).
No amor não há temor.
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