Pesquisadores encontraram altos níveis de cortisol nas crianças cujas mães tiveram muita ansiedade nos meses finais da gravidez
O estresse da mãe pode ser passado para o bebê no útero e pode causar um efeito duradouro na criança,.como sugere uma pesquisa realizada recentemente na Alemanha. Eles observaram que um receptor para hormônios do estresse parece sofrer uma mudança no feto se a mãe é muito estressada. E essa mudança pode deixar as crianças menos capazes de lidar com o estresse durante a infância.
A pesquisa foi publicada na revista Biological Psychiatry e é baseada em um estudo com 25 mulheres e seus filhos, que hoje tem idades entre 10 e 19 anos. Os pesquisadores encontraram altos níveis de cortisol nas crianças cujas mães tiveram muita ansiedade nos meses finais da gravidez. A descoberta está de acordo com estudos feitos anteriormente em animais.
Todas elas viviam sob circunstâncias excepcionais de altos níveis de estresse, os quais a maioria das mulheres grávidas não está exposta. Mesmo assim, os pesquisadores apontam que pesquisar o primeiro ambiente em que a criança é submetida, o útero, é fundamental.
Eles analisaram amostras de saliva de manhã cedo, em três dias consecutivos de aulas na escola, para monitorar o nível de hormônios produzidos pelo estresse. As mães dessas crianças haviam completado questionários dez anos antes, enquanto estavam grávidas, sobre eventual estresse ou ansiedade que sofreram durante os meses de gestação.
Os pesquisadores compararam as informações dos questionários com os resultados dos testes de saliva. Aquelas crianças que apresentaram altos níveis de cortisol eram, na maior parte, nascidas de mulheres que afirmaram ter se estressado durante a gravidez.
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