Você já reparou que quando se fala de Jonas, a primeira coisa de que a gente se lembra é de sua "carona" no peixe? Mas há muito mais que isso.
Sempre li relatos a respeito de Deus falando por sonhos e visões, e não poucas vezes desejei que ele me falasse tão diretamente, dando instruções claras sobre o que queria que eu fizesse. Achava que, se assim fosse, eu certamente obedeceria, pois saberia sua vontade. Mas meditando na história de Jonas e lembrando que ele, embora tenha ouvido clara e explicitamente, mesmo assim foi tratar de achar um lugar para fugir de Deus, começo a duvidar de mim mesmo e se eu seria assim tão obediente.
Aliás, falando em obediência e vontade explícita de Deus, não pude deixar de me lembrar que, embora ele não fale sempre de forma tão direta como narrado no texto de hoje, há muitas ordens diretas e claras na Palavra que requerem minha obediência - e que entendo muito bem. Mas vivo tentando ir para Társis, achar um lugar onde me sinta confortável para deixar de cumprir a ordem de Deus. Não é o tempo todo (porém muito mais frequente do que seria aceitável), mas há momentos em que a minha rebeldia teima em fazer prevalecer a minha vontade sobre a divina. O que moveu Jonas e move a mim é uma desconfiança não confessada (e geralmente inconsciente) de que Deus não seria assim tão bom e sábio, que seria eu quem sabe o que é melhor para mim - não por acaso é o que aconteceu no Éden. Por isso o apóstolo Paulo diz em Romanos 12:2 que para experimentar que a vontade de Deus é de fato boa, agradável e perfeita, eu preciso de transformação desta minha mente viciada.
Társis pode estar em muitos lugares e ocasiões, mas para mim é sinônimo de rebeldia, isto é, pecado. E rebelar-me contra Aquele que sabe e pode todas as coisas, é perfeito em amor e só quer o melhor para mim, é uma imensa tolice.
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